A maldade na humanidade!

Após ter lido o texto do Sai Baba, sobre o ano de 2012, onde ele diz que "estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos", depois de ler e ouvir continuamente sobre os temas de violência nos jornais, nas revistas, nos bate-papos com amigos, parei para refletir sobre o tema. Comecei por observar o caminhar da humanidade desde tempos mais remotos, e constatei que, na verdade, o ser humano sempre foi o que é agora: ou seja, a maldade sempre existiu.

É claro que nosso planeta está mais iluminado: a luz da comunicação, da tecnologia, da ciência etc. Quem poderia imaginar, algum tempo atrás, termos conhecimento de acontecimentos "on line"?

Quando penso em outros tempos:

- O que dizer das pessoas que se divertiam nas arenas, torcendo para que cristãos fossem devorados?

- E os tribunais da inquisição? Criados inicialmente para punir a heresia, mais tarde incluíram quem praticasse sortilégio, bruxaria, blasfêmia etc. Havia um manual que ensinava ao Inquisidor 50 maneiras de que o demônio se servia para impedir o ato sexual, provocar impotência ou aborto (leia mais aqui).

As mulheres foram as grandes sofredoras, milhares de parteiras foram eliminadas. Atribuía-se às “bruxas” (geralmente mulheres de má aparência) a culpa por todos os males da sociedade. Quantas foram queimadas numa fogueira em praça pública?

Segundo informações do P.I.M.E. (Pontifício Instituto das Missões Exteriores), a lei eclesiástica admitia a tortura, mas não por mais de meia hora e que não se quebrasse nenhum osso. Os meios de tortura eram os mesmos dos tribunais civis da época, todos assustadores.

No "descobrimento" do nosso país, quantos genocídios, etnocídios, e tantos outros cídios... Como afirmou o Professor de Filosofia Edivaldo José Bortoleto no ensaio "TERRA BRASILIS: do paraíso de deus(es) e de gentes (in)crédulas ou do lugar d’onde 'não existe pecado do lado debaixo do equador'", antes mesmo do extermínio de judeus na segunda guerra mundial, cerca de 115 milhões de índios e africanos foram vítimas do primeiro e maior holocausto da espécie humana no planeta. Os aldeamentos e os engenhos foram na verdade os primeiros campos de concentração, tudo isto sendo justificado para o desenvolvimento de um país.

Afinal, quando os portugueses aqui chegaram não encontraram "nada" além de mata e índios, ensinava até pouco tempo uma professora primária.

E o que falar da escravidão? Até hoje suas consequências são notórias em nossa sociedade. Num país onde a maioria da população é negra, eles precisam lutar para ter uma vaga na faculdade através do "benefício" de cotas. Sem falar de outros tantos prejuízos que sofrem para fazer parte desta sociedade elitista e discriminatória que ainda persiste.

O que falar do extermínio dos judeus? O colunista Paulão Siqueira, da Página de Ideias, afirma que "a figura de Hitler sempre pairou como um espectro durante todas essas décadas e povoa até hoje o imaginário mundial". Siqueira lembra que até hoje o nome de Hitler carrega o peso de ter elaborado um projeto denominado “a solução final”, consistindo no extermínio de seis milhões de judeus durante a guerra, em campos de concentração espalhados pela Europa ocupada. É claro que Hitler não fez tudo isso sozinho, mas não pretendo aprofundar-me neste ou outro tópico.

Todos os tipos de violência, seja física, psicológica, ou verbal, que chegam até nossas casas hoje por meio da mídia, sempre foram praticadas. E mais ainda: antigamente muitas delas eram práticas comuns, aprovadas pela lei, pela igreja, pelas pessoas.

Hoje comenta-se muito sobre o bullying. Quem da minha idade não sofreu ou ao menos não conheceu alguém que tenha sofrido? Pelos colegas da escola, pelos próprios professores e até mesmo por seus familiares?

Então o que mudou? Por que hoje nos escandalizamos, nos indignamos com esta violência cotidiana que nos causa repúdio e choca nossos princípios e valores?

Acredito mesmo que Sai Baba tem razão quando diz que estamos passando por um processo de iluminação do planeta:

"Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira."

Então, vamos lá! Da minha parte, quero cada vez mais ter clareza para continuar limpando a minha vida, e procurar cada vez mais fazer a diferença por onde passar.

Grande abraço a todos!